Sobre as capelas existentes na freguesia, existem no "A.D.B." (Arquivo Distrital de Braga) os seguintes documentos:
1. Obrigação à fabrica da Capela de Nossa Senhora do Porto, 1556, Livro 16, Folha 97;
2. Obrigação à Fábrica da Ermida de S. João, 1651, Livro 34, Folha 214;
3. Obrigação à Fábrica da Capela de Nossa Senhora de Ao Pé da Cruz, 1656, Livro 15, Folha 10;
4. Obrigação à Fábrica da Capela da Quinta, 1730, Livro 88, Folha 254v.;
5. Obrigação à Fábrica da Capela de S. Joaquim, 1755, Livro 113, Folha 244.
Actualmente só existem abertas ao culto duas capelas, a de S. João e a de S. Brás, mas os documentos falam-nos também de outras três capelas particulares, nomeadamente, da Capela do Sr. Visconde de Cortegaça, mencionada como capela de N. S.ra do Porto, da capela da Quinta de Lamelas, recentemente restaurada, e da capela de S. Joaquim e S.ta Ana, pais de N. Senhora, mencionada como "capela de S. Joaquim" e que se situava no lugar do Monte, tendo sido completamente destruída já neste século.
A capela mencionada como "da Senhora de Ao Pé da Cruz" é a popularmente chamada "capela da Santa" ou mais recentemente conhecida como "de S. Brás" pela importância crescente quer da festa que lá se realiza quer da devoção a este santo. A "Santa", cuja imagem apresenta Nossa Senhora com Cristo morto nos braços, como a famosa "Pietá" de Miguel Ângelo, refere-se a Nossa Senhora, com o título de "Senhora da Soledade" ou "Senhora da Piedade". É a imagem maior existente na capela e ocupa também o centro do altar-mor, o que prova que era antigamente a que tinha mais importância, e justificadamente, porque a capela, na sua sagração, lhe tinha sido dedicada.
P. Torres Lima (Março de 1999)